Passarinho... "Ainho"Tanta belezura! Teu canto é energia Tuas plumas, magia pura Dentro do compasso da imensidão Fora, a gaiola é tua servidão Compadecido, solitário E condenado à ditadura.
De pulo em pulo, Pulou e perdeu a liberdade Assobia os hinos que criou É um tristonho passarinho, "Ainho", na doce prosódia infantil De sonho em sonho, Nunca contemplou a clausura De galho em galho, colhe Flores amareladas pelo tempo, Pisoteadas e falsificadas Servem de forro ao ninho Saiu a passear, caçar, Depois do trabalho à sobrevivência, Empina suas plumas, livremente, Canta, voa e acasala . Mas na inocência faminta Cai na arapuca fria, solitária, Desalmada e arbitrária Pra nunca mais voar...
Foto: Bruna Sangy - Gralha Azul Sangy
Enviado por Sangy em 29/02/2024
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