EsperançaSegura da tua beleza Nem te importas se dói Se fazes falta e se "corrói" Sabes que precisamos das tuas mãos Na verdade, das tuas palavras, aquelas fartas: "Para tudo há uma esperança".
Na calada da vida, Tudo passa de mansinho A mão que rege a orquestra Não rege o pensamento A mão quer tocar a escrita Mas o pensar está lento. Tu finges, ensaias, riscas E rabiscas e nos cansa E evaporas vagamente na lembrança
E brotas no solo fértil da beleza facilmente Às vezes doce, às vezes amarga, "né" esperança? Trazes farturas, carências e encrencas É assim que a vida toca O som que na roda a gente dança
Esperar cansa, esperança Segue a festança Tão calma como a prece Tu vais e tu voltas, Passas o sarrafo e avanças Por que segura de si "Tanto fez ou tanto faz" Não há importância Se nossas mãos estão postas Se os corações estão abertos Sempre cheinhos de esperança.
Foto: pixabay Sangy
Enviado por Sangy em 15/11/2017
Alterado em 04/03/2024 |